Comentários
12/11/2016 - Sérgio Sarmento (63 anos)
Assisti NO CINEMA, nesta data, quando de sua estreia ocorrido em minha cidade no dia 10.11.2016 portanto uma semana após o lançamento nacional. Coisa prontamente explicada pela direção da obra em questão. Olha! Filme maravilhoso, espetacular, mas profundamente para todos não esquecer mais. É filme totalmente indicado para cinéfilos (sempre é bom lembrar que são pessoas que só assistem obras cinematográficas em tela grande). Mas indicado, igualmente, para todos que conhecem realmente CINEMA, e mais profundamente, quem ama e por isso conhece o movimento brasileiro do CINEMA NOVO. Inaugurado lá por 1962 até meados de 1982. Mas podemos dizer que o movimento esteve em seu apogeu até o começo dos anos 1970. O diretor Eryk Rocha (filho do cineasta Glauber Rocha (1939/1981) ) foi muito feliz em realizar uma obra de tamanho significado para todos que temos O CINEMA como nossa maior diversão. Ele traz depoimentos de grande cineastas que fizeram a história do cinema nacional na época. Só citarei o depoimento de um cara que mais gostei. Foi o de um grande diretor chamado LEON HIRSZMAN. O depoimento deste cara foi uma verdadeira aula de CINEMA, mas principalmente de sociologia sobre o povo brasileiro. Em um português claro, fácil e altamente didático. Sensacional, mesmo! Mas tem vários outros que dão notáveis depoimentos. E que a sinopse, acima, dá um bela resposta. E depois nos apresenta uma série de "pedaços" de filmes nacionais daquela época. Todos evocando o caráter inovador de um cinema voltado para cultura deste pais tão carente da verdadeira arte cinematográfica e hoje posso afirmar que jamais houve nada igual e que estamos carentes, até hoje, de novidades deste tipo. E acredito, meu depoimento é forte neste momento mesmo. Da maneira que vão as coisas, hoje em dia, nunca haverá movimento superior ao do CINEMA NOVO. E depois este movimento tinha como enfoque a problemática do atraso nacional e todas suas idiossincrasias. Mas por mais paradoxal que possa aparecer. Minha seguinte observação. Será, com certeza, compreendida. O único pecado deste "monstruoso" documentários do filho do Glauber é que na citação dos mais de quarenta filmes em seu documentário. Não encontramos uma legenda sequer para instruir as pessoas que assistem. Deixando, como a grande maiorias dos filmes documentários, para serem expostas tão somente nos créditos finais. Ora! Isso é ridículo, pois a gente quer saber ali naquele momento da passagem em nossa frente. E jamais no final em uma "letra" totalmente "morta" e esquecível sob todas as questões. Repito! É nisso, penso, seu maior defeito. Pois até para mim que assisti todos aqueles filmes NO CINEMA. Fica difícil saber qual o nome daquelas obras-primas nacional e em extensão alguns o são até internacional como o Pagador de Promessas (1962) e que foi o único filme brasileiro a ganhar o Palma de Ouro em Cannes de melhor filme. Por outro lado iria ajudar até os novatos que se interessam "pela coisa" a procurar em vídeo tudo aquilo passado em tela grande em um momento singular como é esse filme CINEMA NOVO de Eryk Rocha. No mais e afirmando que é obra indicada para quem conhece realmente CINEMA e para todos, que por ventura, queiram aprender o significado da escola CINEMA NOVO. E que para mim e o consenso geral. E é muito mais que " uma câmara na mão e uma ideia na cabeça" (como disse certa vez o Glauber Rocha). Pois retirou o cinema da casa, do quarto, da sala, ou seja, retirou uma arte tão importante como é CINEMA de quatro paredes e levou o mesmo para rua, para natureza, para a luz do Sol propriamente dito. Por isso este documentário é de importância muito grande, pois resgata, para todos, a importância de tudo aquilo mostrada em tela. Realmente tudo é tão lindo e importante, como um todo.