Partindo dessa máxima de Hemingway, o filme é retratado através da figura metafórica de uma criança que nos acompanha em uma jornada para descobrir os lugares e acontecimentos vividos pelo escritor americano na Itália, com atenção especial aos dois macroperíodos venenosos: o primeiro, em 1918, onde o escritor está ao longo da frente de Piave como voluntário da Cruz Vermelha americana; a segunda, em 1948, quando retornou ao Veneto para saborear a bela vida veneziana e cultivar seu hobby de caça e natureza. A passagem da parte cinematográfica (com reconstruções precisas dos cenários nos lugares originais) para o documentário (rico em imagens de arquivo, mesmo inéditas) tende sempre a favorecer no espectador a percepção de um produto em que as duas partes estão perfeitamente amalgamados dosados entre si.