Assisti nesta tarde NO CINEMA quando finalmente estreio em minha cidade. Olha! Que belo filme! A obra cativa a gente já nas primeiras cenas. O diretor Marcelo Gomes (1963) consegue fazer seu quarto longo. A saber: Madame Satã (2002), Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2009) e este Era Uma Vez... Assisti todos NO CINEMA e são excelentes! Mas este último parece que tem mais empatia com todos os tipos de publico. O que para isso contribuiu uma das melhores atrizes do cinema brasileiro. Falo da pernambucana Hermila Guedes (01/01/1980). É seu oitavo filme que assisto! É um espetáculo sua composição de Verônica. Pois é de uma verossimilhança pouco vista na tela grande. O filme trata de uma crise existencial. Na real o que vemos é uma mulher muito inteligente e que questiona pensa tudo em sua volta. Não é sem motivo que a música principal do filme diz: " está tudo padronizado, nosso coração, nosso jeito de amar/ pelo jeito não e nosso não, está tudo padronizado... Puxa! Isto é apenas um detalhe do inconformismo de uma jovem que não aceita as coisas como são e luta para ser feliz em um mundo hostil. Sua válvula de escape é no líbido. Pois ela usa como arma, não por amor, mas sim só como sexo e nada mais. Mas no contrário é uma pessoa carinhosa com seu pai e compreensiva com seus pacientes pobres. O filme também faz uma crítica ao sistema publico de saúde. Mas não de uma forma panfletária e sim verdadeira e contida. Pois Verônica começa o filme se formando como doutora. O filme mostra muitos nus de frente. Belos nus por sinal. São mostrados dentro de um contexto nada de " graça " portanto. Totalmente filmado no Recife e arredores. Mostrando uma cidade belíssima. E ainda filme de dentro do mar e ao fundo os prédios de Recife. Enfim é filme, que repito, me encantou por ser de uma rara beleza. É daquelas obras que termino minha escrita muito triste. Pois com certeza só terá meu comentário. E com isso quero dizer, que infelizmente, ninguém vai assistir mais desta vez, uma obra-prima do CINEMA NACIONAL.

E bem legal.

Achei uma trama bem realista e que foca no cotidiano de personagens densos, confusos e imersos em tramas bem pesadas, desde romances turbulentos a uma vida profissional frenética, aqui como grande destaque vejo Hermila Guedes, muito boa em cena e com uma força única.