Filme de uma poética sutil em meio a um universo árido em todas as suas acepções. Surpreende e vale a pena ver!

A Pedra da Paciência retrata a solidão feminina, o desespero, a falta de amor e de esperança no futuro. Apesar disso o filme é um encantamento só. É uma delícia, ver a personagem narrando suas aflições, seu sentimento de abandono a um marido em estado vegetativo e de repente o filme vai tomando um rumo inesperado e essa mulher que a princípio te parece tão frágil, vai se fortalecendo, se descobrindo mulher aos olhos desse um marido em coma. Final inesperado. Vale cada centavo! É um filme feminino na sua essência. Adorei!

Fui ver no escuro sem saber em detalhes do que se tratava e tive uma excelente surpresa, com esse filme que foi o representante oficial e pré-indicado do Afeganistão para o Oscar de Filme Estrangeiro do 85º Academy Awards 2013. O filme ganhou diversos outros prêmios. Vale a pena conferir. Infelizmente não pude ver no cinema, mas vi numa telinha mesmo, o que não me fez em nada deixar de ter emoção com o filme. E o gosto não se discute!

Esse filme é interessante, pois disseca a alma do ser humano passeando pelas as angustias e frustrações da alma. Fala também em pano de fundo das questões religiosas do Islã, do extremismo e da cultura árabe. Mas em excencia o ser humano é tudo igual independente dos dogmas religiosos.

Gostei demais, dessa co-produção AFEGÃ-FRANCESA, com uma atriz bonita e convincente, relatando sua experiência num território dominado pelo terror. História e enredo de muita qualidade, direção segura e sem cair no sensacionalismo, fazem deste um filme, para ser visto e sempre relembrado.

Ótimo filme que consegue com praticamente um único cenário e uma personagem passar todas as dificuldades femininas em uma sociedade patriarcal, machista e radical/religiosa no Afeganistão. Mostrar Spoiler Uma liberdade forjada pela prisão física do marido. Só assim ela pode falar com ele (sua pedra de paciência) sobre tudo que a incomodava e que a fazia infeliz durante os 10 anos de casamento, suas frustrações e como é ser mulher no Afeganistão, as dores do passado e do presente. Ela se violentou por ele, pela família, pela religião, pela sociedade e finalmente se livra de todos os pesos matando o marido (quebrando a pedra), pronta para seguir em frente.
Recomendo fortemente!