Que filme mais doido! Assistir em DVD já foi ruim, imagine pagar ingresso de cinema, então.

Miranda July também dirigiu "Eu, Você e Todos Nós", ambos os filmes falam sobre a solidão compartilhada no casamento, no trabalho, nas relações familiares além da presença do mundo virtual na vida das pessoas. Aqui, a solidão dá lugar também ao vazio existencial do casal. O filme é dolorosamente lento, às vezes os atores agem como marionetes, como se não tivessem vontade própria, outras vezes as ações ou falta delas parecem pura presunção para classificar o filme como arte ou independente. Acho que até O escritor Jean Paul Sartre ficaria entediado durante a projeção. Não é um mal filme, só que ele é de difícil digestão em uma sala de cinema. O que fez valer a pena foi a narração em OFF do gatinho Paw Paw filosofia pura.

Assisti nesta tarde NO CINEMA. Pasmem! Em película! Em uma cinemateca de minha cidade. Olha! Gostei muito do filme! Uma obra totalmente diversificada. Bem descontraída, mas acima de tudo com uma proposta altamente moderna. Filme escrito e dirigido pela deslumbrante e altamente comovente Miranda July. Sensacional essa mulher! Longe de ser bonita, mas com uma presença em cena de encher de satisfação quem gosta DE CINEMA como eu. O tema é brilhante e atual. O filme nos fala de solidão e sobretudo de comunicação entre duas pessoas que se amam. Para tanto procuram vários subterfúgios para escapar uma situação como essa. Até um animal de estimação é procurado para resolver suas situações. Aliás o símbolo do bichano é o que tem demais criativo neste filme. Um achado mesmo. Pois não sabemos se a própria protagonista é o animal ou poderá ser qualquer coisa. E depois O filme se presta para tudo mesmo. Enfim. Genial Miranda July!