Hermanoteu? O roteiro parece ser bom.

Assisti NO CINEMA, nesta data, quando do lançamento nacional. É mais um filme que ninguém assisti. Na sessão que estava tinha mais dois espectadores. Ou seriam três testemunhas?. Vocês sabem porquê? É filme, felizmente, para quem tem "um parafuso há mais", isto é, para quem ama o pensar. Olha! Filme do diretor colombiano e filho do autor, de Cem Anos de Solidão, Gabriel Garcia Marques. Falo de Rodrigo Garcia de quem há quatro anos atrás assisti um filme notável chamado Alberto Nobbs (2012) e com comentário no IF em 20.05.2012. O filme atual é mais um que nos fala desta "figura" sensacional chamada Jesus. E sobre seus últimos 40 dias, no deserto, onde seguramente vai se encontrar com ele mesmo. Ali procura adquirir mais segurança para seu encontro definitivo com Deus. Com um fotografia lindíssima. Gente! Como é bonito aquele deserto que acolhe Jesus. Cruz! Credo! A obra cinematográfica é "fofa" (desculpem trocadilho) pois além de falar deste grande Homem. Nos indica outros conhecimentos tipo: Morte e vida. Verdade e traição. Sobre escolhas (isto é muito importante). Mas principalmente sobre fé. E o mais importante AMOR. O filme conta, ainda, com a ótima interpretação de Ewan McGregor. O cara realmente se esmera na interpretação do "salvador" e do... Demônio. E depois aquela parte que coloca em dúvida sua fé é realizado de uma maneira bem convincente. Mas temos igualmente outros atores, pouco conhecidos, mas de grandes interpretações como o jovem Tye Sheridan. Por ter poucos diálogos e ter cenas "absurdamente" paradas só é indicada para quem consegue se adaptar em filmes que falam do sublime. Do sensível, mas principalmente de uma belíssima história do grande Yeshua (Jesus em hebraico). Por fim confesso que mais uma vez uma história, expressada há mais de dois mil anos, me sensibilizou pela maneira bem diferente (pouco usual), no roteiro do diretor Rodrigo Garcia.

Que maravilha! Esse raros filmes sobre fases da vida de Jesus, que pouco se levam para a tela, fotografia "deslumbrante" onde, por ser uma obra mais contemplativa faz toda a diferença, fiquei hipnotizado, todos os poucos atores em cena estão perfeitos, mas aquele jovem garoto! Meu Deus! Que graça. Muitos podem dizer que é filme para poucos, eu digo que se assistirem de coração aberto, todos vão amar.

Se você não se importa que qualquer te fale como era Jesus, então vai fundo, corra o risco de se confundir, pois só de assistir ao trailer já saquei que o Jesus deste filme é tanto diferente do Jemsus da Bíblia, O Amado dos santos. Mas talvez seja só o trailer, vai saber, eu que não.

Lixo! Lento e sem nexo algum, fuja deste filme!

Esperava mais, porém, o filme revela-se, insosso, sem nenhuma profundidade, mera especulação, que não leva a nada. JESUS CHRISTO, nosso IRMÃO MAIOR, retratado mal e porcamente neste gasto desnecessário de celuloide, merecia muito mais. Enfadonho, e sem nenhuma emotividade. Não disse a que veio.

No geral foi interessante sim, por ser uma visão diferente sobre Jesus. É até meio bizarro, como tudo que tem a cara de filme de Sundance enfim. Que ninguém o assista pensando que é um filme cristão, pois é uma visão autoral praticamente. A crentaiada vai achar um insulto, afinal vemos um Jesus bem humano, que quase não fala sobre Deus, não faz milagre e não usa superpoder nenhum. Isso, porém, até faz algum sentido visto que é o momento no deserto, onde ele precisou abrir mão de fazer qualquer coisa extraordinária e passar por uma provação como homem comum. No último minuto na cena final foi o mais nonsense... WTF aquilo? Provavelmente nunca saberei o significado.