Assisti a este filme no cinema. Por se tratar de um filme alternativo, confesso que fui com um pouco de receio. Acostumado a apenas assistir ao cinema estado-unidense, pensei que este filme não seria bom, porém estava completamente enganado! O filme é muito bom, realmente a capa do mesmo diz a verdade, ele toca o coração! Uma jovem e bonita indiana, rejeitada pelo marido, tenta reconquistá-lo pelo paladar, enviando a ele marmitas pelo sistema de entrega indiano. Até que as marmitas são trocadas, e ela começa a se corresponder por carta com o novo homem. Um filme que superou minha expectativas! Muito bom também para conhecer um pouco do dia a dia indiano; ficamos tão presos a nosso mundo que as vezes nos esquecemos de como é a vida em outros países, outros continentes. Um filme para fugir da rotina, se emocionar, e conhecer um pouco mais sobre a cultura de outros países! Recomendo!

Maravilhoso, emocionante, sensível e totalmente recomendado!

Assisti nesta tarde NO CINEMA quando finalmente tivemos sua estreia em minha cidade. Olha! Que filme delicioso. Não só por suas comidas, imagino, deliciosas. Mas como também por um roteiro inteligente e cativante. E com certeza agrada qualquer espectador por mais sisudo que seja. Na sinopse não falo. Mesmo está tudo ali na parte de cima do site. Mas posso dizer que o filme fala de varias coisas. Cito traição, solidariedade, saudade, solidão, velhice, juventude, modernidade, mas principalmente de VIDA. Na ótima estreia do diretor indiano Ritesh Batra. Mas totalmente fugindo dos esquemas de Bollywood. Para quem não sabe é a produção do sistema indiano de fazer cinemas. Com bons atores onde cito em primeiro lugar o indiano mais conhecido no ocidente e que leva o nome de Irrfan Khan. Realmente um ator de altos recursos dramáticos. E da bela atriz indiana que não conhecia chamada Nimrat Kaur. Alias confesso que filmes indianos tem pouca penetração em solo brasileiro. Mas sempre que aparecem trazem junto belas atrizes e ao mesmo tempo belíssimas mulheres. Enfim! Todo filme indiano que chega por aqui é de " espantar " de tão bom. O que sempre agrada quem por ventura assiste. Mas principalmente cinéfilos como eu.

Concordo plenamente com os sábios comentários dos senhores André Melo e Sérgio Sarmentos (este sabe tudo de cinema). Realmente o filme é muito bom, principalmente por nos dar a oportunidade de sairmos do ambiente glamouroso dos filmes de Holywwood, França e Inglaterra. Se mergulha na bagunça (organizada de Mumbai, na Índia) onde se vê gente pra tudo quanto é lado. Na rua, aquele barulho infernal de buzinas, dos treque treque dos trens, das motos, do povão que entope as vias públicas. Moradias minúsculas, mal conservadas, portões enferrujados. Os trens apinhados de passageiros (deve fazer um calor insuportável) e o melhor de tudo: não se vê ninguém revoltado, muitos cantam durante a viagem (ida e volta do trabalho). Como funciona bem o sistema de entrega de marmitas, isso mesmo, marmitas (vasilhas pequenas, finas e com pouquíssima comida, geralmente verduras, arroz, panquecas (assadas) de verduras), desde a origem até o destino onde são entregues às pessoas que trabalham, no filme em um escritório do governo. Todos os funcionários recebem a sua marmita, geralmente feita por alguém bem longe do local do trabalho, ficando fácil imaginar que ninguém, por aquelas bandas, come fora, comida de quilo, sanduíches do MacDonald, etc. Etc. E, o melhor de tudo, não se vê ninguém gordo andando pela rua. No filme é uma senhora (bem jovem), casada, com uma filhinha bem magrinha, que é traída pelo marido. Apesar da bagunça organizada, uma marmita era sempre entregue por engano a outra pessoa. Daí surgiu o romance entre as duas pessoas que é muito agradável de se vivenciar. Depois de assistirmos toda aquela parafernália por que passa diuturnamente a cidade de Mumbai, não nos custaria repensar o nosso modus vivendi e nem para reclamar do nosso sistema de transporte, principalmente do nossos metrôs.

Legal conhecer o "bagunçado" e aparentemente alegre cotidiano da Índia, a história do filme achei regular por ficar muito na leitura das cartas, porém a melancolia dos 02 personagens (casal) em interpretações primorosas, principalmente do ator Irrfan Khan, merece destaque.

Com um roteiro inusitado, porém, de muita competência, traz um cativante relacionamento, entre duas pessoas, dispares e desconhecidas. Roteiro, direção e atual do elenco, muito bem em todos os sentidos, fazem deste um filme a ser recomendado. CINEMA, de alto nível.

Filmaço, lembra outro clássico "Nunca te vi sempre te Amei" com Anne Bancroft e Anthony Hopkins. Enfim, um filme que surpreende e muito.