Comentários
23/08/2017 - Sérgio Sarmento (63 anos)
23/08/2017
Sérgio Sarmento (63 anos)
Assisti NO CINEMA, na noite de ontem, quando tivemos seu lançamento nacional e em algumas cidades privilegiadas como a minha. Antes demais nada tenho que dizer que é uma das mais interessantes e surpreendentes - das mais de duas centenas - produções que assisti no ano em curso. Isso só prova uma coisa. Quem vai AO CINEMA, como eu, nunca irá escrever que o ano corrente é ruim em lançamentos. E com isso, certamente, evitamos de ler afirmações equivocadas de pessoas que assistem um dezena, se muito, de filmes NO CINEMA. Pois isto definitivamente não existe! Dito isso vamos para a resenha. Olha! Filme maravilhoso! É obra adaptada de uma novela famosa russa de 1865 e chamada Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk do escritor Nikolai Leskov. O diretor britânico e em seu primeiro filme (ele é do teatro) William Oldroyd transpõe da Rússia do século 19 para a Inglaterra do mesmo período. O roteiro até que é comum. Pois nos fala de uma mulher vendida pela família junto com um pedaço de terra improdutivo. Para um filho e um sogro que são muito ricos mais grosseiros sem dó algum. E a partir dali ela será mais um objeto daquele casarão do século 19. Com apoio de cenários, figurinos de uma "época de ouro" naquele momento. É filme que de cara me lembrou o livro O Amante de Lady Chatterley de 1928 do escritor D.H. Lawrence pela traição que temos no roteiro e é claro de Lady Macbeth da tragédia Macbeth de 1603 de William Shakeaspeare pela segura ambição de sua protagonista, no filme. Quero dizer que não é necessariamente nesta ordem. Mas é isso mesmo! Além disso o filme é magistral, pois mostra como uma pessoa ( a sensual, voluptuosa Katherine vivida de uma maneira espetacular pela novata, pelo menos em filmes que chegam ao Brasil, atriz Florence Pugh) em um papel de dócil, ingênua e "sem nada haver" mas se transforma em tudo aquilo que paulatinamente a obra cinematográfica vai mostrando ao longo de seus curtos (89 minutos) mais de retumbantes e fascinantes minutos. E ali percebemos que as pessoas, aparentemente, não são má. Mas em condições adversas conseguimos criar, ou dar vazão ao monstro, que está dentro de cada um de nós. O filme "é muito frio" pois as coisas acontecem friamente e de maneira alguma conseguimos antecipar os fatos antes do que aconteça. Mas esta frieza oportuniza a criação de cenas macabras e de auto impacto. Por isso posso afirmar que o filme é mais que um drama (como a sinopse acima informa). Ele é macabro! Nos indicando um verdadeiro filme de terror. Muito mais do que a grande maioria do gênero, que assisto NO CINEMA, e tentam nos impingir ou até se apregoam com todo aquele terror e que vemos é de uma falsidade inominável. Tudo neste filme é surpreendente! Seja pela produção onde tem como principal a famosa britânica BBC Films (sinônimo de qualidade). Seja belo lindo e apaixonante diretor teatral (o filme em si parece um magistral teatro filmado) que é William Oldroyd. Pelos figurinos de época. Pela cenografia perfeita! Mas ainda destaco o lugar que foi filmado. Nos arredores de Londres onde percebemos uma floresta curiosa a nos indicar o ano de 1865. E com tudo isso se eleva para um patamar superior uma espetacular fotografia. Mas a coisa funciona mesma pela equipe de atores que sustentam tudo aquilo. Falo (novamente) da sensacional atriz Florence Pugh e que apesar de assistir muitos filmes ao ano jamais acompanhei um trabalho desta jovem de uma beleza muito curiosa, sensual e por isso atraente. Ela é a "alma" desta produção britânica. Ela que dá vida para tudo aquilo visto em tela. É ela que dá sentido ao filme em ser feminista. O filme é feminista! Outro cara que me chamou a atenção é o novato ator Cosmo Jarvis que faz Sebastian o empregado, o "jagunço" da fazenda. Com um papel de coadjuvante, mas de essencial valor para a trama toda. Para finalmente citar a empregada da casa Anna. Vivida de uma maneira especial por Naomi Ackie. Estes dois empregados conduzem de maneira importante o primeiro contexto do filme. Enfim, é filme que não se esgota em uma primeira leitura ao se assistir. Ficará, com certeza, nos fazendo pensar por vários dias em tudo aquilo visto em menos de uma hora e meia de projeção. E nos fazendo crer muito mais em certos filmes. E por menor que sejam sua duração, podem conter ali, uma obra de rara exceção como é LADY MACBETH. Um baita exemplar de um filme apaixonante!
02/09/2017 - Não-cinéfilo (75 anos)
02/09/2017
Não-cinéfilo (75 anos)
A grande surpresa do filme, a meu ver, é a presença de pessoas negras no elenco. Qual a intenção contida nesse fato? Em Portugal, sabe-se que havia escravos negros antes de havê-los no Brasil, mas na Inglaterra? E as personagens nem eram escravas: uma serviçal livre, uma mulher livre de origem não esclarecida e um menino também livre e opiniático. Acho que foi uma escolha fundamental. Talvez o diretor tenha pretendido fazer referência ao teatro lírico, no qual cantores negros representam normalmente personagens de culturas europeias. É que não se pode esquecer que o livro também deu origem à importante ópera “Lady Macbeth de Mtsensk / Katerina Ismailova”, de 1934, com a qual a carreira de Chostacovitch conheceu altos e baixos na relação com o realismo socialista. Essa ópera foi um marco da música lírica do regime comunista soviético. No mais, trata-se de um filme bonito, sempre interessante. A mim me pareceu que a personagem de Catarina fosse neutra no início, como uma página em branco, só preenchida pela ação e pelas exigências da ação. Ela não era nada, nem boa nem má no início; só desenvolveu sua personalidade pelas exigências do amor e dos conflitos a ele inerentes.
04/09/2017 - Monique Lorys (30 anos)
04/09/2017
Monique Lorys (30 anos)
Atuações fantásticas, muito bom!
07/09/2017 - Zaqueu Lima (24 anos)
07/09/2017
Zaqueu Lima (24 anos)
Filmaço! Vale muito a pena assistir! Ótimas atuações e um final surpreendente! Um ótimo drama, como poucos! É o que sempre falo... Nada melhor que um bom drama ou suspense!
12/09/2017 - Edilson Borges (51 anos)
12/09/2017
Edilson Borges (51 anos)
Filme muito parado, mas com boas atuações, único motivo de ter classificado como péssimo.
06/01/2018 - Kassio (20 anos)
06/01/2018
Kassio (20 anos)
É um filme elogiado, mas de fato não me empolgou, muito parado e me dispersei logo, mas vale uma olhada.
16/01/2018 - Julio Simi Neto (61 anos)
16/01/2018
Julio Simi Neto (61 anos)
Confesso que esperava mais desse filme, para mim nem sempre a critica positiva ou negativa vem ao meu encontro. Digo isso porque a critica elogiou esta fita e quando eu assisti não foi essa a impressão que tive. Atuações fracas, cenário pobre e roteiro previsível.