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04/09/2017 - Sérgio Sarmento (63 anos)
04/09/2017
Sérgio Sarmento (63 anos)
Assisti NO CINEMA, nesta data, quando do lançamento nacional. Mas principalmente em algumas cidades privilegiadas, como a minha! Olha! Filme equivocado! Quem conhece CINEMA sabe da desenvoltura do cineasta David Lynch. Um profissional que realiza suas obras com belas camadas e com significados que nos deixam delirantes. Ele utiliza muito bem os símbolos do nosso subconsciente ao inconsciente dando forma psicanalítica ao estilo formal de um Sigmund Freud (o maior teórico desta área em todos os tempos). Por isso e ao longo dos anos o mestre Lynch criou uma escola de aficionados e de fascinados pelo seu trabalho mundo afora. Isso é claro inclui a mim um dos seus fãs incondicional. Assisti todos os seus filme NO CINEMA e em tempo real. Isso inclui obras notáveis como O Homem Elefante (1980), Veludo Azul (1986), Coração Selvagem (1990) e Cidade dos Sonhos (2001) e que para muitos é sua obra prima cinematográfica. E tem mais! Neste meio do tempo fílmico. Foi um dos criadores de Twin Peaks. Uma série de 1990 que revolucionou este tipo de programa na televisão mundial. Aqui no Brasil era apresentado pela Rede Globo no final dos domingos. Uma série sensacional e que os brasileiros não terminavam a semana sem ver e se deliciar em todos os finais de domingos com um novo e sensacional capitulo de TWIN PEAKS. Aliás, a nova série 2017, já esta no NetFlix. Para finalmente aparecerem três diretores e convenceram David Lynch a realizar este documentário que tivemos a estreia no Brasil. Escrevi acima que era um documentário equivocado. E o é, sim senhor! O filme simplesmente não parte para descrever um diálogo do diretor Lynch com seus fãs. Gente que ama um CINEMA realmente de exceção. Mas procuram falar de um artista como pintor e de seus deslocamentos, quando novo, pelos EUA e até de seu aprendizado fora de seu pais de origem. Mas com um roteiro de difícil acompanhamento. Com falas pouco comunicativas. Mas principalmente faltando emoção em todo aquele trabalho levado para tela grande. Faltou então, vontade, sangue fervendo em tudo aquilo. Fica como um monologo do diretor com ele mesmo. Esquecendo que a palavra entre o mestre e seus súditos (apreciadores de seu trabalho) é o mais importante de tudo que se possa imaginar. Portanto minha decepção, com todo este trabalho filmado, é de uma tristeza e um descontentamento indescritível. Cruz credo!