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20/02/2017 - Sérgio Sarmento (63 anos)
20/02/2017
Sérgio Sarmento (63 anos)
Assisti NO CINEMA, nesta data, quando do lançamento efetivado na realidade em 16.02 passado. Olha! Grande e emotivo documentário sobre segregação racial na sociedade dita mais democrática que se tem noticia que é a dos EUA. Não restam duvidas que este filme vai engrandecer a nominada de candidatos ao Oscar de melhor documentários na noite de 26 para 27 de fevereiro próximo. O filme se apropria de um manifesto escrito em 1979 por um intelectual negro chamado James Baldwin. E que mais tarde, este manuscrito, se tornaria um livro. Coisa que jamais aconteceu! O manuscrito e o filme, por razoes obvias, tratam dos acontecimentos iniciados nos anos 1960 e retroage ao começo do século 20. Quando James Baldwin procurou relatar a vida e a obra de três pessoas negras que lutaram até suas mortes pelas liberdades raciais dentro dos EUA. Que foram Medgar Evers (que não conhecia), Malcolm X (o que mais gostei pelo seu radicalismo) e o pastor religioso e pacifista Martin Luther King Jr. Mas para fazer isso o autor retroage até o início do século 20 e faz um painel histórico da sociedade norte americana onde sempre o negro é espezinhado de uma maneira brutal. Para fortalecer todo o documentário o diretor completa trazendo a luta emancipacionista negra até 2014 quando houve o choque da policia, no Missouri, e a comunidade negra. E além do "pau que comeu solto" tivemos até morte no local. O documentário é tão bom, gente, que o material de pesquisa é soberbo. Pois nos fala de filmes racistas, propaganda anti-negro, mas principalmente mostra cenas absurdas e de uma decadência jamais vistas contra a comunidade negra americana. Quando pequeno o escritor James Baldwin assistiu um faroeste clássico como é No Tempo das Diligencias (1939) e via o massacre cometido por John Wayne contra os índios americanos. Mas até ali tudo era festa, pois era uma aventura fascinante para um criança, então. Mas só mais tarde. Quando tivesse a consciência e que veria que uma raça (os índios) e que estavam sendo dizimados pelo homem branco, e que ali, já fazia justiça com as próprias mãos. E isso serviu, ainda mais, para que sua luta a favor dos "de cor " (os negros ditos inferiores) tomasse uma dimensão bem maior. O filme e todo ele pontuado por declarações e imagens como a que narrei, logo acima. Mas tem uma que me chamou mais a atenção. Foi do notável procurador geral dos EUA chamado Robert (Bobby) Kennedy (para mim o melhor de todos os Kennedy que existiu) e que morreu em 1968, portanto, naquele fatídico anos 1960. Pois este cidadão, ainda, chamado de Bobby, vaticinou uma coisa que nem o escritor, o poeta o intelectual James Baldwin acreditou. Dizia ele nos anos 60 do século passado que em 40 anos teríamos um presidente negro na presidência do governando dos EUA. Pois não é que o cara acertou! Pois em novembro de 2008 surge o 44º presidente norte americano na figura do negro Barack Obama. Coisa que o notável James Baldwin não viu, pois faleceu em dezembro de 1987. São coisas que um documentário, como este, consegue fazer para enriquecer nossos conhecimentos. É obra altamente didática como esta e que nos mostra o caminho do saber. E falam o porque de não estarmos só em uma sociedade tão multifacetada como a nossa. São filmes como este que merecem mais de uma visão. Pois são compostas de muitos detalhes em um curto espeço de uma hora e meia de projeção passam despercebidos. Enfim! São obras altamente criticas como esta e que deixam filmes como Estrelas Além do Tempo, que também concorre ao Oscar dos melhores em 2017 (só por isso citei esta "coisinha") e falam em racismo, ou que pretendia falar, mas que na real não amarram " um cadarço de um sapato " deste espetacular documentário EU NÃO SOU SEU NEGRO. No mais é só para terminar uma resenha emocionado. De um filme emocionante e com um dos meus aforismo próprio e bem pontual: E TENHO DITO!
16/05/2017 - Kadu (40 anos)
16/05/2017
Kadu (40 anos)
Sociedade racista se vê em todo lugar do Mundo, aqui no Brasil não é muito diferente do que existiu e ainda existe nos EUA, infelizmente.