Comentários
21/04/2017 - Sérgio Sarmento (63 anos)
21/04/2017
Sérgio Sarmento (63 anos)
Assisti NO CINEMA, nesta data, quando tivemos sua estreia em nível nacional no dia de ontem! Olha! Filme feito de uma maneira inteligente e por isso ficou muito bom, mesmo. Antes demais nada tenho que iniciar meu comentário por este notável (conheço todos os diretores DE CINEMA nacional e por isso, sem modéstia alguma, posso enaltecer este cara) diretor pernambucano. Assisti todos os seus cinco longas metragens e NO CINEMA. Sendo seus dois últimos Era Uma Vez eu, Verônica tem um comentário elogiável no IF, é claro, de 29.04.2013 e o último foi O Homem das Multidões que tenho um comentário, para não fugir do normal, elogiável, e até contesto outro colega que teve a ousadia, "o topete" (que petulância gente! Rsrs) de dizer: Pasmem! Que não tinha assistido o filme aludido por mim. O comentário está no IF de 04.08.2014 (espero que quem não leu, o faça!). Mas volta para Terra! Poço reafirmar que o filme JOAQUIM é uma obra totalmente diferenciada. Pois não segue o padrão oficial institucionalizado pelas autoridades ao contar a façanha deste notável homem brasileiro chamado Joaquim José da Silva Xavier (1746/1792). O famoso Tiradentes! Que para mim (só podia ser, né?) é o maior herói nacional de todos os tempos. Pois o diretor Marcelo Gomes consegue a proeza de contar um história nunca contada em filmes do senhor Tiradentes. E com isso humanizou uma pessoa que era, sim, igual a todos os outros. Tira aquele endeusamento que só os livros oficiais teimam em dizer toda aquela mentira oficial. O "cara" Tiradentes é mostrado de uma maneira bem "crua". O cara passa o filme sujo! Com aquele cabelo por lavar (não direi, mas nada, pois poderei prejudicar meu comentário contando coisa que não devo). O filme começa de uma maneira cruel, criativo, criativo mesmo, e termina do mesmo modo. O filme também é político, pois mostra escravos e sua luta por seus direitos. A trilha musical é outro elemento que contribui para dar verossimilhança para a proposta do diretor Marcelo Gomes. Com um bela reconstituição de época. Enfim! É coisa que não canso de dizer. É obra inteligente (jamais alguém mostraria um filme desta maneira) e por isso convidativa para uma bela "conversa de bar". E depois tudo isso lembra meu tempo de estudante por levar a belos saraus intelectuais. Coisa que já não assistimos mais hoje em dia com nossa juventude. O que é profundamente lamentável!
05/06/2018 - Eduardo (37 anos)
05/06/2018
Eduardo (37 anos)
Antes do meu comentário quero cumprimentar ao colega Sérgio Sarmento, frequentador assíduo aqui do site e parabenizá-lo por mais um elucidativo comentário. Quando decidi escrever sobre o filme lutei contra o meu desejo de expor a minha opinião particular a respeito da história; não da história apresentada na película, mas daquilo que meu foi empurrado goela abaixo na escola. A história é uma ciência exata constituída de fatos e ao mesmo tempo pode-se classificar como ciência humana quando a ciência dos fatos são cabíveis de diferentes tipos de interpretação. A minha conclusão é que ao longo da história muitas lacunas deixadas foram preenchidas de acordo com os interesses da época, não obstante, o mito Tiradentes herói não somente é uma farsa republicana e sequer existem provas cabíveis de que o mesmo tenha sido enforcado no dia 21 de Abril de 1792. Existem "evidências circunstanciais" que confrontam essa tese. Em 1969, o Historiador Carioca Marcos Correa viu fotocópias de listas de presença na galeria da Assembléia Nacional francesa em 1793. Lá, estava a assinatura de José Bonifácio de Andrada e Silva, que era o objeto de suas pesquisas naquela época. Próximo à dele, também aparecia a de um Antonio Xavier da Silva. Funcionário do Banco do Brasil, Correa se formara em grafotecnia e, por acaso, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Com o auxílio do amigo português professor Rodrigues Lapa, Correa confrontou as assinaturas de Antonio e Joaquim José: "a semelhança era impressionante". Correa, ex-professor da Universidade Santa Úrsula, no Rio, cita testemunhas da caminhada de Tiradentes ao cadafalso que se diziam surpresas porque ele aparentava ter menos que seus 45 anos. Citando um livro de Martim Francisco Terceiro ("Contribuindo", de 1921) e outro de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição", de 1811), entre outros, Correa vai desfiando suas hipóteses. Tiradentes teria sido beneficiado por um dos juízes da Devassa, o poeta Cruz e Silva, que tinha sido amigo de muitos dos inconfidentes (Laura Mello e Souza diz que Cruz e Silva, na verdade, foi designado para endurecer o tratamento penal dado a seus ex-amigos). De acordo com Correa, Tiradentes havia salvado a vida de Cruz e Silva, que também era maçom. Tiradentes, sua amante (conhecida como Perpétua Mineira) e os filhos de Isidro de Gouveia embarcaram incógnitos na nau Golfinho, em agosto de 1792, para Lisboa. Eu deveria falar do filme, mas não me contive. Pra dizer a verdade, o senhor Sérgio Sarmento fez uma descrição perfeita da obra cinematográfica. Vale lembrar que o mesmo diretor Marcelo Gomes é mesmo diretor de madame satã e do emblemático "cinemas, aspirinas e urubus" que é o meu preferido. E como não poderia deixar de apimentar o meu comentário, tenho que discordar do colega Sarmento (obviamente que é uma questão de opinião), mas pra mim o maior herói nacional de todos os tempos, se é que se pode chamar de "herói", eu preferiria chamá-lo de patriota, foi Dom Pedro II, mas essa é outra história...
17/06/2020 - Kassio Freitas (23 anos)
17/06/2020
Kassio Freitas (23 anos)
Um filme histórico que ao menos deu a Júlio Machado o protagonismo merecido, ele é um talento. Mas não me prendeu, todo o contexto, a ambientação, aquele ar ofegante e sujo me deixou pouco entusiasta dele.