Assisti NO CINEMA, nesta data, dentro do festival de cinema italiano de 2018. Olha! Que filme sensacional! Mais uma obra notável do grande diretor italiano Gianni Amélio. Que até filme regularmente. Mas suas obras não chegam ao Brasil por razões obvias (é nosso atraso cultural, e sem papas na lingua, mesmo). Seu último filme que assisti e chegou por aqui, isto é, NO CINEMA, foi outra grande chamado As Chaves da Casa (2004). Que falava de famílias, filhos e é claro dos pais. Essa obra atual novamente fala de tudo isso. Mas fala de solidão, de desapego, de choque de gerações, de um cara na terceira idade que é por si só um velho ranzinza e intragável, mas principalmente, é claro, de amor. É filme cruel, duro, de sofrimentos. Trata de um modo geral de uma pessoa de 75 anos que não encontra mais amor nos filhos e nele próprio. É obra intimista e que não tem nada de diversão. E que nos apresenta atores magníficos como o "idoso" Lorenzo Renato Carpentieri com performance magnifica. O filme é dele! Isso todos concordam! Mas tem a beleza e o talento de atrizes italianos de "meia idade" como são Micaela Ramazzotti. O talento de Giovanna Messogiorno e uma atriz que aparecia muito em filmes da Itália no século passado e que neste atual tem atuação passageira. Falo de Greta Scacchi que está quase irreconhecível. Mas que é ela sem dúvida alguma! Se tivesse que tirar uma atriz como exceção, pelo seu "grande" talento, ficaria com Micaela Ramazzotti pelo papel sensível, apaixonante e carinhoso de vizinha de nosso protagonista maior que é Lorenzo. Ela é a "chave" para resolução de todo o drama que vive o "idoso" Lorenzo. É a partir dela e de sua (dela) família que "o velho" começa repensar toda sua lamentável vivencia. Enfim e definindo mais um comentário aqui no InterFilmes. Apesar de falar de um assunto áspero e de que fugimos da discussão em qualquer situação que é o da família (nossa). O seu final. A cena que encerra o filme é de uma extrema esperança para tudo aquilo mostrado em tela. É uma das cenas mais linda dos últimos anos cinematográfico que assisti (e que são milhares). Ah! E no final o diretor Amélio dedica, homenageia, três nomes femininos e que acredito serem de suas filhas. Muito legal tudo aquilo!