Comentários
28/07/2018 - Sérgio Sarmento (64 anos)
28/07/2018
Sérgio Sarmento (64 anos)
Assisti NO CINEMA na manhã deste sábado no bom programa Clube do Professor do complexo Espaço Itaú de Cinemas de minha cidade. Quando de sua semana de lançamento por aqui. Olha! Filme notável! É uma gostosa animação pelo processo Stop Motion de alta qualidade. Com um prólogo sensacional onde o grande diretor Wes Anderson de vários filmes que entre outros assinou O Grande Hotel Budapeste (2014) e que realizei um belo comentário para o site InterFilmes no dia 05.07.2014. Pois é no começo deste Ilha dos Cachorros (2018) que o cineasta lança toda sua ideia de um programa que podemos considerar, sem sobra de duvidas, um clássico na animação. E que para mim deveria. Vejam bem! Deveria ganhar, já, o Oscar de melhor animação de 2019. O filme em linhas gerais, como o título dá sua pista, tem como protagonista cachorros. Mas o filme é muito mais que isso. Pois é inserido definitivamente como uma fábula social. Ao nos descrever uma sociedade autoritária e que de uma maneira vigorosa nos tole liberdades individuais. Onde todo mundo reza "pela mesma cartilha" sem ao menos refutar qualquer ato significante. Se alguém pensou em uma coisa tipo nazismo acertou. Mas poderia ser muito bem qualquer sociedade dita moderna e com extensão para a nossa brasileira. Pois vejo cada aberração no momento atual de nossa sociedade que fico ruborizado de vergonha. Até posso citar. Pois politicamente não devo nada para ninguém. Vejo pessoas desavergonhadamente defender políticos corruptos e ladrões. Ora, convenhamos, isso é o "fim de tempos". Pois o certo virou errado e o errado virou certo. Enfim e terminando mais um comentário para o site. Poderia categoricamente escrever que apesar de ser uma notável e diferenciada animação. Por favor não ouse levar uma criança AO CINEMA. Pois até para certos adultos, e isso me atrevo a dizer, não irão gostar pela sua complexidade (digo assim para não ofender ninguém) temática. Cruz credo!
23/03/2019 - EddieViana (23 anos)
23/03/2019
EddieViana (23 anos)
As técnicas de animação utilizadas nesse filme são maestrais. A história também é muito bonita. É um filme que aquece o coração e que não deixa de contar com toda aquela "estranheza boa" do diretor Wes. Vale a pena demais ser conferido.
23/10/2019 - Gin (21 anos)
23/10/2019
Gin (21 anos)
O filme foi criado por Wes Anderson, e o problema já começa por aqui. Ele está seguindo o mesmo caminho de Tim Burtom, está deixando de ser um dos criadores mais únicos da atualidade para se tornar um dos mais comerciais. Vou começar falando sobre os fatos positivos sobre o filme: Ele foi bem animado, os cenários são detalhados (mesmo que tenham uma paleta de cores que pôde ser mais bem dirigida), a música é agradável e combina com o filme, as texturas são realistas e a dublagem conta com muitas celebridades. Infelizmente, o trabalho técnico não é perfeito. Os modelos dos cachorros são feios, não são estranhos, mas agradáveis como os modelos de “Fantastic Mr Fox”, são simplesmente feios, eu não tenho nada contra estilos de desenho assim, mas tal estilo não combina com a temática deste filme e apenas faz com que seja mais difícil se conectar emocionalmente com os personagens, os humanos por outro lado, estão bem desenhados. Um dos problemas do filme é não saber de quê quer tratar, o filme mistura um monte de elementos que não tem muita relação entre si, tenta ser sobre uma distopia, sobre regimes fascistas, sobre a amizade entre cães e humanos, sobre ser futurista, sobre a cultura japonesa, é por isto que a analogia com acontecimentos reais não funciona. Outro aspecto negativo do filme são seus personagens, eles estão muito mal escritos, têm a personalidade praticamente nula, principalmente os personagens femininos, muitos personagens nem mesmo são úteis, isto faz com que o drama do filme não funcione. Falando sobre drama, Mostrar Spoiler o menino só se relaciona com o cão protagonista durante uma breve cena no filme, e fala em idioma japonês não legendado, só para que seja ainda mais difícil se importar com ele, a relação entre eles é apenas superficial e mesmo assim ele está disposto a tudo para salvar o cachorro, o que só piora o problema do drama. Outro problema é a direção, o filme é desnecessariamente lento, e para ser compreendido, precisa explicar tudo através de diálogo. Isto é um filme, não um livro, o filme deveria demonstrar mais do que explicar, e eu sei o ritmo dos filmes de Wes é lento, mas neste não há um roteiro suficientemente envolvente para não entediar o espectador, o filme funcionaria melhor se fosse um curta de uns trinta minutos. O filme também tem um tom confuso, é muito violento e tedioso para as crianças e muito infantil e previsível para um adulto. Também vou mencionar a má representação da cultura japonesa no filme, parece que o criador não pesquisou a respeito desta cultura ao escrever o filme, ele simplesmente juntou um monte de elementos clichês e famosos e os botou no filme, samurais, cerejeiras, sushi, lutadores de sumô, retrata a cultura japonesa de forma superficial, nada expressa um real conhecimento sobre ela. Além disto, o filme é um conceito ridículo que leva a si mesmo a sério, não apenas é um conjunto de conceitos aleatórios, mas trata o clichê de “cães VS gatos” de forma séria, “Como Cães e Gatos” pode ser um filme medíocre, mas pelo menos é uma comédia. Eu já ia me esquecendo de mencionar que o filme mostra cães feridos, com membros faltando, cães sendo usados como cobaias e cadelas grávidas apenas como um recurso barato para vitimizar os cães, o fato de que os cães foram injustamente exilados em uma ilha cheia de lixo já é tragédia suficiente, o autor não precisava exagerar. Se de tragédias com cães falamos, eu prefiro “The Plague dogs” porque tem um tom bem estabelecido, é mais madura, mais consistente e põe os cães em situação de perigo sem vitimizá-los. E para pôr a cereja sobre o bolo, Mostrar Spoiler o final é conveniente. Nota 4, é pandering cachorreiro melodramático.