Assisti NO CINEMA nesta manhã de sábado no programa Clube do Professor do Espaço Itaú de Cinema da minha cidade. Olha! Filme absurdamente sensacional! Seja na parte histórica. Seja na parte de direção. E fundamentalmente é outro produto que nos fala das ditaduras militares apoiadas por civil no Cone Sul da America Latina. Desta feita é o Uruguai, o pais focado. O filme em real se passa de 1973 até 1985. E nos conta a vida e o sacrifício pontual efetivado sobre três elementos que resolvem se insurgirem ao status quo vigente naquele pais exatamente nos anos focados. O filme de duas horas é flagrante que quer mostrar a vida e o esforço de viver e principalmente sobreviver de um cara chamado José Mujica. Para não tornar a coisa muito apelativa o personagem principal só tem destaque em uma certa parte do drama. A importância do filme não fica só nisso. Pois é inapelável que é um filme sobre ditaduras, mas que NÃO mostra em destaque a tortura física dos três protagonistas. Mas se preocupa, única e principalmente, de mostrar a tortura psicológica. Matar o indivíduo naquela loucura que é a cadeia e seus principais contextos definitivamente afirmados. É filme fundamentalmente que mostra a resistência daqueles três personagens. Tem cenas especiais que mostram como as pessoas (a de sua mãe e em especial da psicóloga da prisão) ajudaram os presos no sentido de NÃO deixar-se esmorecer por toda aquela situação de 12 anos de cárcere e de uma ditadura que sabíamos que não iria durar para sempre. O filme é notadamente dirigido por um diretor de quem só assisti um bom filme dele e chamado Sr. Kaplan e que realizei um especial comentário para o site em 27.07.2015. Mas neste sobre os três ativistas políticos e notadamente José Mujica, o cineasta uruguaio de quarenta e pouco anos chamado Alvaro Brechner se superou sobre todos aspectos que possamos analisar seu produto final. O filme como já falei tem uma pesquisa de campo absolutamente notável. Dizem que o senhor Jose Mujica deu dicas impressionantes para dar maior veracidade ao mostrado na tela. Mas não posso deixar de falar de um complemento, de um "molho" notável em qualquer obra cinematográfica. Falo da música e de uma especial de 1964 da dupla Simon & Garfunkel e bem apropriada para uma trilha sonora como é a do filme. Seu nome é The Sound Of Silence. Mas apresentada na versão da cantora Silvia Perez Cruz. Sensacional sua performance. Coisa de louco mesmo! A gente vibra dentro daquela sala espetacular DO CINEMA. Aliás quem conhece (coisa genial, se você amigo (a) que me lê, conhece, parabéns por sua cultura musical) a música sabe que ela nos fala em performática, em silencio, mas de uma notável e absoluta resistência a todo aquele "estado de coisas" que por ventura está nos oprimindo. Mais uma vez vos digo como e especial tudo aquilo! Enfim! É filme que nos mostra que mesmo em um pais democrático como o Uruguai e conhecido merecidamente pelo seu desenvolvimento, em uma certa parte do século passado, como a Suíça da America Latina. Pois mesmo assim foi objeto para implantar um ditadura civil/militar como aquela patrocinada pelo então presidente Juan Maria Bordaberry e de 27.06.1973 até 28.02.1985. É filme esclarecedor e objeto notável para se conhecer uma parte da história do pais vizinho. E mostra definitivamente como um cara como José Mujica, um Tupamaro, isto é, um homem que pecou em armas para enfrentar um ditadura tão demoníaca como o próprio capeta como todas as ditaduras o são, chega na presidência do Uruguai, na eleição de 2009, através do voto democrático. Por tudo que representa o Uruguai como um pais e que só prova uma coisa. Como eles estão, em nossa frente, em matéria de desenvolvimento político e intelectual. Cruz credo!

Emocionante... Amo filmes baseados em histórias reais, e fatos históricos. No caso prepare uns lencinhos... Filme fantástico, sensacional!

Filme baseado na história real de Mujica (Antonio de la Torre) e de dois de seus companheiros mais próximos, o escritor Mauricio Rosencof (Chino Darín) e o ex-senador já falecido Eleuterio Fernández Huidobro (Alfonso Tort). De narrativa angustiante, ambiente claustrofóbico e agonizante, parecendo um soco no estômago do telespectador, mostra Uma verdadeira jornada de sobrevivência em situações de extrema tortura física e psicológica, experimentos secretos e privações, durante o período ditatorial no Uruguai. Incrível saída no roteiro, onde os flashbacks são instrumentos, ao mesmo tempo, de explicação e escape do calvário. Um forte e duro alerta contra o totalitarismo e seus asseclas, que estão de volta nos nossos quintais latinos, além de boa parte do mundo.

É razoável como filme, a história é realmente comovente, poucos homens conseguiriam a sobreviver 12 anos nestas condições e saírem vivos e não loucos. Porém, vejamos, os Tupamaros lutavam pelo quê? Pelo comunismo. Que é, simplesmente, a maior tragédia que a humanidade inteira já executou. Se os militares exageraram e erraram no tratamento desumano, do outro lado não havia santos, pelo contrário, no próprio filme dá a entender que foram presos por causa de assassinato e atos de terrorismo. Para quê? Para implantar esta porcaria de comunismo e matar mais gente de fome, de miséria e de tratamentos tão desumanos quanto em países como Cuba, China, Rússia. Não se pode deixar de levar em conta isso. Aos olhos do cinema, o protagonista é sempre o mocinho. Mas é romancizando os bandidos que ajudou-se a chegar ao estado de violência atual no Brasil, por exemplo.

Interessante como o diretor conseguiu manter bom ritmo dessa história (prisão de revolucionários Tupamaros no Uruguai). Mais uma vez, cinema dos hermanos com qualidade.

Um filme difícil, mas real e assustador. Uma trama capaz de entender os meandros da ditadura e ele surpreende, não só pelas atuações, mas pela crueldade demonstrada. Emociona também com seu final lindo e forte.

Mais um comentário ignorante sobre a ideologia comunista, que pelo semianalfabetismo do autor, jamais deve ter lido uma obra de Marx, mas manipulado pelas narrativas imperialistas, teve seus neurônios assassinados, com certeza mais um dos responsáveis pelo caos fascista que estamos passando.