Comentários
10/08/2021 - Dunha da Cunha (34 anos)
10/08/2021
Dunha da Cunha (34 anos)
Assisti no FESTIVAL DO RIO que ocorreu on-line entre os dias 6 e 15 de agosto de 2021. Confesso que com o filme ainda rolando abri um bloco de nota pra destilar todo meu ódio com relação ao áudio. Pensava que áudio porcaria no cinema nacional já era favas contadas, mas compreender o que os atores falavam foi a primeira queda de braço com o filme. Daí, a partir do momento que o personagem principal vai pra Moçambique, o filme degringola de um jeito, que eu fui da raiva de estar com dificuldade de entender o que era dito num filme simpático ao alívio de pelo menos não estar conseguindo entender direito as falas de um filme escroto. E se seguiu a segunda queda de braço hercúlea que foi terminar o filme. Bicho, sério, capitação de áudio, mixagem, dicção dos atores, quando não era um problema era outro, ou todos ao mesmo tempo. Até a narração em off que conduz o filme todo, cuja voz em teoria deve ter sido capturada num estúdio bonitinho, não dava pra entender, porque escalaram uma atriz com sotaque lusitano sem dicção alguma. Aliás, sem dicção na narração, porque nas cenas em que atua mesmo dá pra entender bem o que ela fala, mas aí era melhor que não desse, porque só diálogo porcaria, não tem um que salva. O cara quer entubar tudo ao mesmo tempo em cena, então é narração, sonoplastia, trilha sonora, áudio vindo da TV, tudo saindo ao mesmo tempo um por cima do outro, uma confusão maluca. E aquele fumacê nojento? Que nojo aquele tanto de cena com o elenco fumando, fumando, fumando. Eu não acredito que no cinema nacional a indústria tabagista pague pra colocar personagem fumando, sendo assim é inexplicável aquilo ali. O que é legal no filme todo mesmo é o fantasma. O único personagem sensível, crível, expressivo e cativante desse filme, e olha que não passa de uma fantasia. Tive a mesma sensação vendo a esse filme que ao assistir A CASA DE ANTIGUIDADES (2020) : muito potencial desperdiçado. Assim como aquele outro, tomara que no futuro alguém decida refilmar isso aqui, e dê mais ênfase na relação do personagem principal com o fantasma e lime todo aquele trecho fora do Brasil. XINEMINHA NAXIONAL às vezes precisa de um produtor responsável que corte as asinhas do diretor e não deixe o sujeito viajar demais. Mas um bom amigo que fale umas verdades já seria o suficiente. Queria ainda falar do ator principal, que dá pra entender tudo o que diz quando fala em espanhol, mas haja paciência pra entender o que o puto fala em português. Nota 2 de 10.