Assisti, semana passada, na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Foi uma grata surpresa pra uma sinopse que não me instigava nada. Um filme que não deve em nada aos suspenses hollywoodianos que a Globo desovava no Supercine. O problema é que brasileiro, quando não faz na entrada, faz na saída. Depois de construir todo um clímax cheio de tensão e a trama se caminha pra conclusão, em vez de se encerrar, ela se esvai de maneira simplória com um tiro fora de quadro que não acerta o alvo. Não ficamos sabendo quem era aquele homem. Não sabemos quem era aquela mulher. Quando ele descobriu que estava sendo enganado? Ele estava sendo enganado ou se aproveitou? E ela, uma mulher que começa o filme como uma caipira medrosa, ignorante, fundamentalista, como da água para o vinho vira aquela mulher traiçoeira e dissimulada? Foi a primeira vez que ela fez aquilo? Nada disso é respondido, enquanto vemos mãe e filha voltando para casa e o filme acaba. Uma pena.