Drama concorrente ao Oscar de melhor filme estrangeiro, com roteiro criativo.

Achei um filme interessante com uma história inusitada, mas poderia ter aprofundado melhor as críticas sociais que fez, ficou um tanto superficial.

Original, insólito e desconcertante, O Homem Que Vendeu Sua Pele foi indicado, pela Tunísia, ao Oscar de Filme Internacional de 2021, ficando, merecidamente, entre os cinco finalistas. A história acompanha um refugiado sírio que foge da guerra, para o Líbano. Um grande e cultuado artista plástico faz um acordo com Sam Ali, o nome do refugiado, para que as costas dele sejam tatuadas, tornando-o uma espécie de quadro itinerante, uma forma de arte viva. Nosso herói viaja pela Europa, exibindo-se em diversos museus. Sam é vivido por Yahya Mahayni, que transmite a perplexidade e uma certa consciência da personagem, do que está acontecendo. Seu par romântico é interpretado por Dea Liane, dona de um par de olhos dos mais bonitos do cinema. A fotografia de Christopher Aoun funciona, na maioria das cenas, como uma obra de arte, com belos enquadramentos. O filme é, em parte, baseado numa história real. Espetacular a cena do leilão, inesperado o final do filme.