Diretor/Escritor/Artista Alejandro G. Iarritu está no seu melhor em termos de maturidade e experiência pessoal. O uso de câmera, mixagem de som, música, edição, tudo se destaca acima da maioria dos filmes deste ano. Mas acima de tudo, a direção se destaca. Foi tão revigorante ver esse filme no cinema quando eles estão cheios de filmes de ação/super-heróis quase o tempo todo. A versão do Festival de Cinema de Veneza de Bardo foi 15 minutos mais longa. Este corte final parece perfeito. Além disso, a Cidade do México é retratada com tanta beleza, que se torna um ponto muito importante no filme. Facilmente a melhor experiência cinematográfica artística do ano.

Sugiro a todos que evitem este filme. O filme é longo, cheio de cenas enigmáticas, uma mistura de realidade e ficção como se fosse contado por um narrador maluco, talvez tentando mostrar imagens e ideias artísticas, mas tornando-o absurdo e cansativo. O personagem principal é deprimente e a história está longe de ser interessante. Acho que eles se divertiram muito fazendo este filme, mas não é engraçado nem divertido. É um daqueles filmes feitos para confundir os espectadores ou tentar contar uma história bem curta e descomplicada como se fosse um grande caso espetacular. Parece um teatro experimental, um pesadelo completo. Eu nunca terei essas 2 horas e meia de volta.

Este filme é pretensioso, e daí? Os americanos podem gostar, mas você pode ter que ser mexicano para realmente entender. Alejandro escreve, dirige (e mais) sobre sua própria história, não vejo nada de errado nisso. O que é uma obra de arte senão um reflexo do seu autor? Isso parece tão pessoal, os diálogos, como ouvir meu próprio pai mexicano, o personagem de Camila e Lorenzo era quase um reflexo da realidade de meu primo sendo criado nos estados. Mas mesmo que você não entenda o contexto, o visual e o realismo mágico valem por si só. O que Alejandro e sua equipe conseguiram neste filme é verdadeiramente excepcional.