Assisti ao filme neste sábado em pré-estréia para professores no cine Unibanco Arteplex de Porto Alegre. Achei fraquinho o número de espectadores considerando a importância da contribuição do músico para com a música brasileira. Foi difícil para mim assistir sozinha ao filme. Eu explico: namorava com o bateirista da Banda Arnaldo e A Patrulha do Espaço e ia a quase todos os ensaios, viagens e shows. Além da minha relação de amizade com sua ex-esposa Martha já que tínhamos sido colegas de escola. O filme já veio atrasadinho, pois o cinema nacional está finalmente crescendo e esse tipo de filme lembrando-nos da genialidade de alguém como o Arnaldo nunca poderia passar batido!

Bem vi o filme sábado 20/06, e o filme é uma merecida homenagem ao gênio que é Arnaldo Baptista. Os depoimentos foram muito bem editados. Com certeza vou assistir outras vezes, pois para que gosta de cultura musical é um prato cheio em meio, com entrevista da época, desde a antológica apresentação com Gilberto Gil até a volta no Show em Londres.

O filme é uma verdadeira dádiva para quem viu o Show dos Mutantes em Pelotas, no Teatro Guarani, em 1970, ou pouco depois, não sei ao certo. Eles estavam muito além da sua época. Eu já era músico, baterista, e não entendia como que conseguiam tocar daquele jeito! Era uma emoção inebriante ver aqueles caras no palco! O filme foi Deja VU!

Foi emocionante ter assistido o documentário, até mesmo pra quem não é fã, vai adorar saber da vida desse artista!

O filme é muito bom, é fundamental pra quem busca entender a história do rock e dos verdadeiros roqueiros brasileiros. Um filme forte, denso e emocionante, chorei umas 3 vezes durante o filme. Arnaldo Merece seu reconhecimento como instrumento de evolução emocional e espiritual que é. E nós merecemos ver esse grande filme pra poder abrir um pouquinho mais nossa mente também.

O filme é maravilhoso por recontar de forma respeitosa e bonita a história de uma banda tão essencial para a nossa e para outras culturas. Sensível por abordar com leveza um assunto ainda tão caro à sociedade "democrática" a bendita e maldita loucura nossa de cada dia. Chorei muito também e concordo que uma obra com essa sobre a genialidade e liberdade de pessoas como Arnaldo são imprescindíveis para destruirmos barreiras.

Fazia tempo que não via nada do arnaldo. Já assisti ao vivo um show dos mutantes em 1972 em Lorena SP, foi sensacional! Quando vi o filme Loki, que saudades me deu, me fez voltar aquele ano. Felicidades Arnaldo, nota 10!